terça-feira, 20 de março de 2012

Difícil, mas não impossível!

No começo é terrível! Quando você percebe que ele te deixou sem satisfação, que ele te virou as costas sem nem ao menos dizer 'adeus'. Seu coração se parte em mil pedaços e você julga nunca mais voltar a ser inteiro um dia. Nunca imaginei que ele faria isso, ele desde o começo da gravidez, (quando eu afirmei que estava grávida sem exame nenhum, simplesmente senti), ele foi super prestativo, cuidava tão bem de mim. Me amava, de verdade! Eu conseguia sentir. Mas então, não sei quando, isso simplesmente se perdeu, ele virou as costas, não se abalou! Não sentiu!
Ele acariciava minha barriga, que nem aparecia, conversava com o bebê que ainda nem o escutava! Parecia que seria o melhor pai do mundo, que estaria do lado do pequeno ao nascer, nos primeiros passos, primeiras palavras e que ficaríamos em frente ao bebê tentando que falasse primeiro "mamãe" ao invés de "papai". Parecia tudo tão engraçado e maravilhoso, parecia tudo tão super real. Entenda, eu nunca quis casar com ele, não queria essa responsabilidade de casamento, um filho já era muita informação, já era muita coisa pra mim, mas eu queria sim que ele participasse do crescimento e desenvolvimento da criança, não poderia privar meu filho disso.
Quando o exame deu positivo, eu já sabia, ele já sabia. Eu soube desde o primeiro momento, percebi uma semana depois que alguma coisa estava diferente, que tinha algo dentro de mim... Eu não estava errada. Com o exame na mão, ele me abraçou e tratou de me fazer parar de fumar e beber. Não me queria arruinando a vida de um serzinho que não tinha nada a ver com meus vícios e virtudes. Eu concordei prontamente, mas no início foi muito difícil.
Então, alguma coisa ficou estranha e, na época, eu não consegui identificar. Ele começou a sumir, ficar vários dias fora de casa, demorar além do tempo necessário para chegar em casa. Naqueles dias eu ficava nervosa, mas acabava deixando pra lá, não tinha muito o que dizer, ele sempre vinha jogar alguma coisa na minha cara quando eu dizia algo, ficava nervoso e completamente sem paciência pras minhas mudanças de humor, mesmo sabendo que eu estava grávida e que acabava sendo assim mesmo.
Era mais ou menos assim: eu não tinha com quem brigar e ficava frustrada quando já acordava estressada e enjoada, então ele dormia a tarde em dias de Sol que eu queria ir na praia e ficava nervosa. Ele não gostava disso, ficava irritado, achava que a culpa era minha por estar chata daquele jeito. Mas eu simplesmente estava, quando via já estava sendo grossa e, como ele era hostil também, eu queria ser mais ainda.

Enfim, quando fiz uma viagem para contar pra minha mãe e irmãs sobre a gravidez, ele sumiu! Não assim, descaradamente! Ele disfarçou, me fez acreditar que não faria isso, que seria incapaz de abandonar a gente e então, um dia ele entrou no msn e disse que me amava, mas que ia sair um pouco e depois nunca mais voltou. Simples assim.
Eu ainda tentei me convencer de que era apenas um equivoco, ele iria acabar aparecendo, não demoraria muito. Mas então, um mês se passou e era evidente que ele havia nos deixado.
O que mais me frustrava nesse começo, era o fato dele não se preocupar em dar uma satisfação, em dizer que estava lá tranquilo e não se importava ou ainda que quando meu filho nascesse ai ele viria para conhecê-lo, sei lá. Mas eu queria que ele se mostrasse preocupado com seu filho, pelo menos, não comigo, mas com o pequeno ser que eu carrego no ventre que ele ajudou a fecundar....




Um comentário:

  1. Oii não tem como seguir vcs?
    Me segue então pra eu poder acompanhar o blog. Não sou mãe solteira mais gostei do blog e quero dar forças a essas guerreiras.
    Beijoos

    http://graebru.blogspot.com.br/

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